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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Desafio Literário Maio - Pompéia - Robert Harris

Olá, boa tarde... preciso me desculpar pela longa ausencia, mas estou sem net e lan houses na minha região são raras... e pra piorar eu cortei a mão, estou digitando com dois dedos agora... risos... assim, mesmo eu tendo lido muitos livros nos últimos dias eu não consegui postar a resenha deles... mas, estou deixando tudo anotado e assim que a situação melhorar eu volto a colocar em dia o blog...
para não acabar o mês no negativo vou postar a resenha de um dos meus reservas do DL - Pompéia. o outro - Abusado - eu estou lendo e se não conseguir mandar o link até o fim do mês peço pra Vivi publicar pra mim depois, ok?

Então... eu já li os meus livros do DL deste mês, e como não sou muito chegada em livros reportagens escolhi livros ou de autores que gosto ou sobre assuntos que me interessam... Pompéia é um destes, é meu livro reserva 2.
Bem, Pompéia, do Robert Harris, é a história de quando a cidade de Pompéia, na Itália, desapareceu da face  da terra devido a um vulcão, o Vesúvio... o mesmo das histórias do tio patinhas, que a maga patológica quer ir fundir a moedinha número 1....


O livro simula a vida em Pompéia, dias antes da erupção do Vesúvio, nele é mostrado como personagem principal um engenheiro, responsável pelos aquedutos de Pompéia. Por isso ele consegue descobrir que algo está errado, a água está ácida, os peixes estão morrendo e um horrível cheiro de ovo podre, manganês do vulcão, contaminou a água e a região em volta.
É um livro muito interessante, porque faz com que entremos na história e acompanhemos o horror da terrível destruição. Os avisos foram claros, antes da tragédia, e mesmo após o inicio das  atividades do Vesúvio, que estava adormecido a pelo menos 900 anos, houve tempo para que as pessoas se salvassem, mas era dia 24 de agosto do ano 79 d.c., dia de festa na cidade, que era uma região praticamente sustentada por sua produção de vinho e azeite, e apesar dos avisos tanto do engenheiro quanto do vulcão as pessoas optaram por ignorar e menosprezar o perigo.
Assim, nas horas seguintes  ao inicio da erupção do Vesúvio mais de 16 mil pessoas, habitantes, turistas e comerciantes que estavam em Pompéia morreram, praticamente 80% da população desta comuna italiana. Cinzas e lamas, rochas vulcânicas e pedras pomes, lava... isso tudo foi despejado pelo Vesúvio na cidade e a sepultou completamente, mantendo-a escondida do mundo por 1600 anos, quando foi encontrada do modo exato que estava quando acabou a explosão do vulcão.
Os corpos das vítimas foram modelados, devido às cinzas e a lama, e foram encontrados conservados, estáticos, como estátuas de pedra.
Desde o redescobrimento de Pompéia a cidade virou um sítio arqueológico espantoso, permitindo a visão detalhada de como seria a vida de uma comuna nos tempos da roma antiga. Palácios, comércios, casas de banho... todos os locais, assim como as pessoas e objetos permaneceram conservados e intocados pelo tempo. É horripilante olhar e imaginar o que aconteceu naquele dia... ainda mais que este livro faz com que reconstituimos a tragédia, passo a passo... como se fossemos habitantes de Pompéia e estivessemos presentes lá...
O livro é muito bem montado... é uma ótima leitura para quem tem curiosidade sobre a tragédia de Pompéia... foi utilizado como base para o filme do mesmo nome, mas soube que o filme é mais romanceado.

Recomendo a leitura, mas é preciso ter estômago para chegar ao fim, com a descrição da tragédia...

Beijos e até mais, quando tudo melhorar... com outros livros...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

DL Maio - Uma Verdade Inconveniente - Al Gore

Olá... Maio já está na metade e a série de livros reportagem também, este é meu último livro oficial, tem os reservas mas não sei se terei fôlego para le-los... Escolhi para fechar a lista Uma verdade inconveniente, de Al Gore, ex vice presidente dos Estados Unidos e ganhador do nobel da paz, por seus trabalhos em prol de um mundo melhor... ambientalmente falando... aliás, como ele mesmo disse, várias e várias vezes no livro, o aquecimento global não é um problema político, é um problema moral.



O livro é um documentário, baseado em várias palestras feitas pelo Al Gore em todo mundo, sobre o aquecimento global. Tem lindas fotos, gráficos e tabelas e é descrito de uma forma que não precisa ser técnico, ambientalista ou engenheiro para entender. Ele fala sobre a evolução da sociedade, como um todo, e como isso contribuiu para o aumento do aquecimento global no planeta e conseguente mudanças climáticas.
O livro foi feito para causar impacto, espantar e impressionar. O ex vice presidente americano conta muito de sua vida particulas, fatos que aconteceram durante sua vida que o fizeram repensar sua forma de agir e de ser, e como isso fez com que ele olhasse de  forma diferente para o planeta Terra e passasse a respeitar mais a natureza e o meio ambiente. Ele fala sobre a morte de sua irmã devido a um câncer de pulmão, sua derrota eleitoral em 2000, o acidente que por pouco não matou seu filho e como as aulas de um professor na faculdade influenciou seu jeito de ser.
E você pode se perguntar como tudo isso tem a ver com o aquecimento global e o que nós temos a ver com isso, mas o aquecimento global existe realmente, é só olharmos ao redor para vermos que não é mito, não é lenda, não é apenas um filme de hollywood. A natureza está mudando, temos mais calor em tempos que seriam de frio, muitos mais temporais, twisters, e até tsunamis acontecendo no planeta. Isso é a Terra dando um sinal que se não mudarmos nossa forma de agir nós mesmos vamos causar nossa extinção... porque apesar de todo o mal que o homem causa ao planeta, se não existirmos mais, a Terra vai se recuperar um dia, pode demorar milhões de anos, mas a natureza vai se reerguer... mas nós não somos tão fortes e duráveis como o planeta, e somos nós que estamos causando nossa própria destruição.
Quanto você contribui para o aquecimento global? você já parou para pensar nisso? Tem uma ong - Florestas do Futuro - que disonibiliza um cálculo rápido de créditos de carbono (CO2) (http://www.florestasdofuturo.org.br/paginas/home.php?pg=calculadora/index) que é basicamente como você contribue com suas atividades para a poluição, efeito estufa, geração de lixo e aquecimento global e qual seria a quantidade de árvores necessárias para amenizar, para compensar a emissão de  CO2 produzido... eu fiz o cálculo para a minha casa. Somos duas pessoas, meu marido e eu, com um carro 1.0 que ele usa apenas para ir trabalhar... mesmo assim nós emitimos cerca de 2 toneladas de CO2 em um ano, e são necessárias 9 árvores da mata  atlântica para compensar essa emissão.
Por isso eu sou uma pessoa totalmente ambientalista, a favor de reuso, reciclagem, reutilização, coleta seletiva... vamos separar o que vamos mandar para os aterros, vamos reutilizar e dispensar embalagens que são desnecessárias, vamos levar nossas sacolas de pano quando formos ao supermercado... aliás, melhor se cada um de nós andasse com uma sacola retornável na bolsa ou no carro, para não precisarmos aceitar as sacolinhas de plástico oferecidas nos locais... e me digam, para que se pega sacola na banca de jornais se a revista ou jornal comprado já vai ser lida? Apenas para transformar mais um recurso em lixo... Eu não costumo pegar planfetos nas ruas, não porque quero ser chata, mas se eu não vou usar os serviços oferecidos quando eu aceito um planfeto a única coisa que eu estou fazendo é gerar lixo... no ato de pegar aquele simples planfeto eu transformo um serviço em refugo, em lixo, e automaticamente estou aumentando minha emissão de carbono, ao enviar mais material aos aterros. Pensem nisso.
Eu me empolguei na defesa do meio ambiente, mas nada disso foge à mensagem do livro do Al Gore... Tudo o que precisamos para fazer um mundo melhor é conscientização... Educação ambiental... assim, começando por nós e depois passando às futuras gerações, não vamos mais jogar lixo nas ruas - mesmo que seja só um papelzinho, vamos separar os materiais recicláveis, reutilizar o que puder ser reutilizado. O que não quisermos mais ou que entulha nossas casas e guarda roupas vamos doar aos que precisam e que tem menos que a gente. Vamos, acima de tudo, educar nossos filhos, sobrinhos, netos e todas as nossas crianças para que eles aprendam a valorizar mais nosso querido Planeta... assim faremos nossa parte nesta luta pela sobrevivência, e mesmo parecendo pouco, se cada um de nós tiver apenas um gesto de boa vontade, juntos seremos milhares de gestos... e com certeza causaremos um impacto positivo...

beijos e até depois com mais posts....

terça-feira, 17 de maio de 2011

DL maio - Em Nome de Sua Majestade - Ivan Sant'Anna

Boa tarde... Este é meu terceiro livro para o DL de maio, cujo tema são livro reportagens. Eu protelei um pouco para ler este livro do Ivan, não por não gostar do autor, ao contrário, sempre me envolvo muito em seus livros... Mas foi justamente por me envolver que acabei deixando de lado... mas, aproveitei o mês do DL para ler...


O livro fala da execução do brasileiro Jean Charles, no metrô de Londres, em 2005. Eu me envolvi mais com o livro, com os detalhes e a primazia da pesquisa feita pelo autor, porque em 2005 eu estava na Inglaterra, vivi a tensão e o terror dos atentados nos metrôs e outros que foram bem menos divulgados aqui no Brasil por não terem feito vitímas fatais. Eu me lembro claramente uma sexta feira de julho, poucos dias depois do atentado em Londres, dia 25 de Julho, eu peguei o trem em Manchester onde eu morava para ir visitar um amigo em Bristol. E quando chegamos a Birmighan, a cidade industrial da época da Inglaterra, o trem parou, os vagões encheram de policiais e bombeiros, e todos foram evacuados calmamente, e conforme descíamos para a plataforma alguns políciais nos rastreavam com aqueles sensores de metais portáteis. Na minha vez eu perguntei o que estava acontecendo, porque tínhamos parado. O Policial me informou que tinha uma bomba colocada nas linhas dos trens, e que não poderíamos continuar a viagem tão cedo, pois estavam cuidando do caso. Foi aterrorizante. Imagina saber que tem uma bomba, que pode causar um estrago de proporções enormes e tirar muitas vidas, colocada a poucos metros da estação e que seu trem poderia ter passado sobre ela? Eu tive uma chance, os policiais foram solidarios comigo e prestativos. Mas o Jean Charles não teve a mesma sorte. E eu acredito mesmo que ele não tenha sido abordado e não tenha tido chance de falar nada  e tampouco dizer que não era um terrorista, apenas mais um brasileiro em um mar de brasileiros querendo melhorar de vida. Acredito nisso, nessa injustiça, porque apesar de muitos dos crimes que aconteciam (e ainda devem acontecer) na Inglaterra serem prepertados pelos próprios cidadões ingleses, a culpa sempre caiu (e acho que ainda deve cair) no estrangeiro.
Fui assaltada na Inglaterra, entraram na casa onde eu vivia com mais 2 moças, coisa que aqui no Brasil, em São Paulo, nunca aconteceu. Quem nos assaltou foi sim um descendente de paquistanês, mas cidadão Inglês. E se eles colocam tantos empencilhos para o Brasileiro poder visitar, estudar, viver no país, porque não fazem uma avaliação melhor de seus próprios cidadões?
Desculpe o momento indignação... voltando ao livro... É um relato real da crueldade que foi a morte do Jean Charles, e da forma como a alta cúpula policial da Inglaterra tentou esconder isso e transformar uma vítima em um meliante, que reagia à polícia. A pesquisa  do Ivan para a realização do livro é precisa, bem feita, emocionante. Recomento a todos que leiam. Eu chorei, talvez por ter passado perto do terror de um atentado, coisa que raramente vemos no Brasil - que é sim um país maravilhos, a despeito de todos seus defeitos... Mas acho que não tem como não se emocionar lendo este livro. É capaz de vocês também se envolverem.... 5 estrelas.

Beijos e até amanhã com mais livros...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tecendo Vidas - Jennifer Chiaverini

Olá... hoje eu peguei um livro de seleções para ler, aqueles do tipo que é uma coletânea de livros, normalmente  quatro livros, o que é muito bom para quem adora ler e está sem livros... Eu estava com este exemplar comigo a algum tempo, e o último livro, Tecendo Vidas, me chamou a atenção. Pensei que poderia ser algum thriller policial, porque me lembrei do filme com o mesmo nome, mas não, é um romance, muito gostoso e fácil de ler, por sinal.
A imagem da capa não está muito boa, minha camera acoplada ao netbook não sei porque cargas d´água parou de funcionar... aliás, nem consigo encontrá-la como um dispositivo. Então, eu peguei a miniatura da capa do seleções e cortei a capa do quarto livro...

Quando eu li a sinopse, fiquei super curiosa para conhecer Elm Creek. E tem o lado de que eu adoro histórias em que existem grupos de amigas trabalhando juntas (tipo clubes do livro ou do biscoito) e neste livro temos um grupo de amigas, mulheres de diferentes idades, tipos, classes sociais, etc. se reúnem para cultivar e passar para frente a arte do quilt, que nada mais é que as famosas colchas de retalho. Acho que as moças das gerações mais novas talvez não tiveram seu quilt, eu tive uma, quando pequena, que minha avó bordou para mim, e depois quando estava na pré adolescência, minha tia me fez outra colcha, com retalhos coloridos de flanela. Esses quilts, não importa a técnica  utilizada para confeccioná-los, são sempre uma mostra de carinho, de querer bem. Eu me sentida confortada sempre que me enrolava em uma destas mantas e creio que quando tiver filhos vou me esforçar para aprender a costurar para que eles tenham seu prórpio quilt. Mas, voltando ao livro... A história pode ser descrita como uma colcha de retalhos por si só, pois os relacionamentos são costurados, remendados e algumas vezes consertados com as amizades, assim como os quilts que as mulheres fazem. Temos várias histórias entrelaçadas, cunhadas que não se falam por décadas e se reencontram, mãe e filha com um relacionamento conturbado, adolescente que não quer seguir os passos que a mãe traçou para ela, pais empenhados em conquistar uma rampa de skate  para o filho problemático, uma filha esquecida e ignorada de um ex combatente do vietnã, traição virtual, entre outras coisas. E assim, passando de história para história eu me vi sendo entrelaçada junto com as vidas dessas pessoas, com amor, desengano, cor e dor.... Achei lindo o livro, bem escrito e apesar de ser de outra época e outro lugar, é bem atual e poderia ter sido aqui, em São Paulo.
Se tiverem a oportunidade, leiam, acho que vão se emocionar como eu me emocionei.

Beijos e até mais...

sábado, 14 de maio de 2011

CoffeeHouse Angel - Suzanne Selfors

Boa noite, tudo bem? Eu queria muito ler este livro, mas não encontrei ninguém que tinha um exemplar em português para trocar ou me emprestar, e estou proibida de comprar livros novos até pagar os que comprei e já li, por acaso... O problema de se ler rápido é apenas este... os livros nunca são o suficiente... snif...
Pois bem, como eu não tinha a versão em português, ataquei a em inglês mesmo que um amigo fez o favor de comprar para mim em uma viagem. Por isso demorei mais de um dia para ler, porque o livro é meiguinho e fácil, e até rápido, mas estou meio enferrujada na leitura em inglês...



Acho que eu já tinha comentado com vocês que eu adoro histórias com anjos, né? Pois bem, esta não foi diferente, Malcom, o anjo desta história é absurdamente cativante. Principalmente por ele ser, como ele mesmo se descreve, novo nesse negócio e por isso ele é até um pouquinho atrapalhado. E Katrina não o ajuda em nada a realizar sua missão. Malcom é um anjo mensageiro, que tem um livro de leis, mas que os humanos não conseguem ler, tudo que vêem quando olham em suas páginas são folhas em branco. O que faz Katrina pensar que Malcom não passa de um lunático, apesar de sempre que está próxima a ele sente um perfume delicioso de jardins e folhas, e que sempre se perde em seu olhar. Katrina é uma adolescente que estáa fazendo de tudo para ajudar sua avó, que a criou depois que seus pais morreram em um acidente de carro quando ela tinha apenas 3 anos, a salvar sua cafeteria. Sua avó não gosta muito de modernidade, e mesmo que gostasse não tem recursos para tal luxo. E para piorar a situação tem no livro o personagem malvado, na forma do dono da cafeteria vizinha à delas, que é bem mais moderna e com muitas novidades gastronomicas. No meio dessa confusão que é sua vida, Katrina em um gesto de altruísmo e boa ação deixa alguns bolinhos, um café e grãos de café cobertos de  chocolate para um sem teto que está dormindo atrás da cafeteria, mas este sem teto é Malcom, que está de folga entre uma entrega e outra, e agora ele tem a obrigação de recompensá-la com o seu desejo mais profundo. Mas Katrina não sabe o que quer, ela não tem idéia do que quer fazer da vida. E isso, aliado ao fato dela achar que Malcom é um doidivanas, torna o livro bem humorado e leve. Não vou falar mais, porque senão acabo contando o final, e isso não seria legal, mas recomendo a leitura a quem puder ler. O livro vale a pena, mesmo para nós adultos, apesar de ser escrito em um tom juvenil. Leiam, divirtam-se e depois me falem o que acharam.

Beijos e até mais...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desafio Literário Maio - Mulheres de Cabul - Harriet Logan

Boa tarde... hoje eu acabei pulando um pouco a ordem que tinha colocado para leitura dos livros do mês para o DL, acordei hoje e o livro Mulheres de Cabul me chamou... queria ser lido... então, deixei de lado o thriller que tinha programado para hoje e li este livro, da Harriet Logan.



Logo no inicio do livro chama a atenção a autora ter dito que viajou para o Afeganistão em duas oportunidades diferentes - em 97, quando o Taleban havia assumido o controle a alguns meses, e em 2001 no fim deste regime. A autora entrevistou e conviveu com mulheres afegãs que viveram durante e depois do regime taleban.
Durante  o regime taleban era proibido fotografar pessoas, divulgar imagens de mulheres sem o véu - nossas revistas, sabontes, hidratantes, entre outros, nunca seriam aceitos, seriam queimados e a pessoa que portasse algum destes seria preso, ou pior. Nossa autora e seu amigo despistaram o vigia e o intérprete para que ela pudesse se encontrar com as mulheres e ouvir suas histórias... e tirar as fotos que ilustram o livro.
O livro é muito bem escrito, é um retrato fiel da vida das mulheres afegãs, antes e depois do regime do taleban. Eu não sei se conseguiria viver  em um mundo onde a mulher não tem direitos, às vezes nem à própria vida. Mas, mesmo tendo passado por todo o suplicio de viver confinada, sem poder estudar ou trabalhar, algumas das mulheres do livro são mais que um exemplo, de vida e superação.
As pipas, uma diversão comum do Afeganistão, também eram proibidas pelos Talebans, então alguns dias após a queda do regime já se podiam ver no céu infinitas pipas voando, desde a mais simples sacola plástica até a mais colorida. Nas paredes e lojas foram expostos todos os produtos que os talebans impediam, fotos, posteres, cartões com imagens de cantores e artistas, videos, sapatos brancos, maquiagem, manequins... tudo que antes, durante 4 anos, foi proibido e extirpado pelos talebans.
A autora exprimiu um pensamento meu, e talvez de outras pessoas do ocidente, de que com o final do regime taleban as mulheres do afeganistão iriam automaticamente voltar à rotina de antes, utilizar roupas leves e abertas e abolir a Burka, mas não foi isso que aconteceu, depois de mais de cinco anos com as mulheres se cobrindo as pessoas se desacostumaram a ver o rosto ou o cabelo de uma mulher, então muitas delas disseram que se sentiam encabuladas com o olhar dos homens, como se fossem presas, então preferiam se cobrir.
O livro é lindo, nos faz ver a importância de pequenas coisas, que nós aqui no Brasil consideramos tão comuns. Eu não vou ficar falando muito pois corro o risco de contar todas as histórias, então leiam e se emocionem com as histórias e as vidas das Mulheres de Cabul...

Beijos e até mais...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Feios - Scott Westerfeld

Boa noite, tudo bem? Peguei Feios em uma troca, semana passada, e como eu já estava querendo ler este livro a algum tempo lógico que dei uma bisbilhotada nas páginas, enquanto estava dentro do metrô... aliás, comecei a ler o livro, mas parei porque tinha outros na fila, então segurei ele aqui comigo por quase uma semana para le-lo hoje, depois de ler os que já estavam na frente...



Imagine poder ser perfeito, lindo, sem nenhum defeito ou imperfeição... Imagine poder se divertir à vontade, ir em festas atrás de festas e nunca se cansar dessa rotina... Imaginou? Então, se você morasse no mesmo mundo pós apocalitico de Tally isso tudo iria acontecer com você depois de seu aniversário de 16 anos. E é o dia que Tally mais espera, ansiosamente, o dia de seu 16º aniversário, o dia que se tornará perfeita. Ela está cansada de ser feia... isso mesmo, neste mundo a divisão é bem extrema, você pode ser criança, até a que você é separado de seus pais e se torna uma adolescente - um feio ou feia - e vive em Vila Feia, do outro lado do rio de Nova Perfeição, a cidade na qual irá morar após os 16, quando todos passam por uma cirurgia plástica radical, que transforma todos em pessoas perfeitas. Os perfeitos são os mais fantásticos e lindos seres humanos. E desde criança você aprende que ser perfeito é o objetivo, ser feio - ou ser normal, em nosso mundo - é ruim. Ninguém se chama pelo nome, todos tem apelidos - nariz, vesguinha, magrela - no mundo dos feios. Os nomes são mais para os perfeitos.
Mas, quando o melhor amigo de Tally vira um perfeito três meses antes dela, ela se aventura para encontrá-lo e na aventura encontra outra feia, Shay, que a leva a conhecer uma parte do mundo, fora de Vila Feia, que ela não sabia que existia. E com essa amizade começa a aventura, ela se mete em confusões maiores do que pode aguentar, e conhece um grupo de rebeldes, que assim como Shay, se escondem porque não querem ser perfeitos. Mas, será que ser perfeito é mesmo tão bom? É quando Tally começa a conviver com estas pessoas e começa a se conhecer melhor que ela descobre um segredo horripilante, que faz com que mude de idéia a respeito de ser perfeita...
Mas, como a vida não é perfeita, nem tudo são flores e as coisas não saem como ela deseja. Às vezes, até sem querer, nossas ações machucam aqueles que amamos... e então, será que tem como consertar?
Isso só vou saber quando ler o segundo livro da série - Perfeitos - que eu ainda não tenho, então, quem tiver, por favor, me empresta!
Gostei do livro, é uma ótima leitura de um dia, poderia ter sido melhor desenvolvido, como ouvi outras pessoas falarem, mas mesmo assim é agradável... e vale a pena... recomendo... :-)

Beijos e até amanhã, com mais livros...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Desafio literário maio - A Fantástica Volta ao Mundo - Zeca Camargo

Olá... boa tarde... quase boa noite, mas ainda tem um pouquinho da luz do sol aqui na minha janela... Hoje eu estava meio melancólica... é o dia do aniversário de um grande amigo, com quem não tenho falado a algum tempo... então resolci pegar o livro do Zeca Camargo... Eu já estava dando voltas nele, assim como as viagens do Zeca... Lia um outro livro e depois dava uma lida em alguma parte do mundo, onde o Zeca esteve.




Eu sinceramente não gosto muito de relatos de viagens apenas por relatar, se é que vocês me entendem... risos... eu gosto dos relatos permeados e intrincados em uma história, com sentimentos e emoções... mas, achei este livro um pouco técnico demais para um relato, tipo diário de bordo, para uma viagem desta magnitude.
Lógico que tem os pontos positivos, já que no livro podemos ver e comprovar, principalmente aqueles que ainda duvidam, das dificuldades de se ser "mochileiro". Também tem algumas curiosidades engraçadas, legais... mas não são muitas... o livro é cansativo, acho que para ler só se for assim, um pedaço do mundo por dia, depois ou antes de outro livro bem mais apetitoso...
Percebi que algumas outras pessoas também não gostaram... e como alguns eu também tenho a reclamar de frases e figuras que foram repetidas muitas, muitas vezes no decorrer da narrativa. As fotos poderiam ser coloridas (mas meu marido me lembrou que aí o livro seria mais caro...) e acho que não precisaria ter tantos tipos de letras e quadrinhos explicativos...
Acho que se o Zeca tivesse feito como o Amir Klink e contado uma história, sobre as culturas, as linguagens, as diversidades dos povos, um livro mais romanceado e menos pautado, menos diagramado, o livro teria ficado muito melhor.
No geral o livro é bom... alguns amigos meus amaram... talvez você também goste... então, leia e depois me diz, ok?
Como não curti muito não vou falar mais, para não tirar a vontade dos que querem ler... :-)

Beijos e até amanhã com mais livrinhos...

Gone - Lisa McMann

Olá... comecei a semana lendo o terceiro e último volume da trilogia Wake... e bem a calhar, porque hoje é o aniversário de um amigo que desapareceu da minha vida nos últimos dois anos...e o terceiro livro se chama Gone - desaparecer... rs...



No final do livro dois Janie se depara com o que o futuro pode lhe reservar, ela leu a verdade no diário verde que a Srta Stubin deixou aos apanhadores de sonhos... mesmo anos depois que a srta Stubin começou a trabalhar com a capitã como uma apanhadora de sonhos e a medicina e tecnologia tendo avançado muito, Janie sente que pode acontecer com ela... e os sonhos de Cabel, que diz que não se importa com o que aconteça no futuro, não ajudam muito... então Janie começa a se esconder dentro de si mesma... acha que o melhor é desaparecer... Aí, um belo dia, o telefone toca e avisam que seu pai, que ela não conheceu em 18 anos, está em coma na UTI do hospital... quando vai visitá-lo ela se vê presa no pior dos pesadelos, quase enlouquece...
Mas, aos poucos ela consegue sair e percebe que precisa de respostas... e que só o pai dela poderia dar...
Seu futuro que antes parecia certo se desfaz e Janie se vê entre duas escolhas, igualmente ruins, e que só ela pode decidir, pois se trata da vida dela. Qual será o menor dos dois males? E ela precisa decidir rápido, pois o tempo não espera...
Eu gostei do final do livro, Janie decidiu-se pelo caminho mais feliz, nas circustâncias dela... Mas, apesar de ser uma trilogia, tem um gancho no final do livro para mais... afinal, o que aconteceu com eles depois da decisão? Se a autora, Lisa, quiser ela dá continuação... e acho que não só eu como muitos outros leitores iriam gostar...
Recomendo a série... bem legal...

Beijos e  até amanhã, vou voltar ao DL... :-)

domingo, 8 de maio de 2011

Fade - Lisa McMann

Bom dia... eu continuei a ler hoje a série Wake, o segundo volume, Fade.... mas de novo eu dou minha opinião que o livro poderia ter sido um volume único, mas às vezes comercialmente é melhor uma trilogia... certo?



A capa do livro, dos três, é bem legal, a textura e a imagem... acho que é das que me chamam a atenção...
Depois do livro um ter terminado com Janie e Cabel juntos, mas em segredo, porque ninguém pode saber que eles auxiliaram a desvendar o caso de drogas, agora eles fazem malabarismos para se encontrarem e se verem sem os outros saberem.
Janie também começa a trabalhar para a capitã, e com isso ela recebe arquivos da srta Stubin que lhe dão mais detalhes do que é ser uma apanhadora de sonhos. E ela percebe que este "dom" está mais para maldição...
O livro tem mais ação que o anterior, Janie entra no sonho de uma colega e se envolve em uma operação para desvendar quem é o predador sexual do colégio. As vezes, mesmo querendo se preservar, a gente se dá mal... é o que acontece com ela... e com Cabel...
E quando Janie descobre uma das verdades sobre sua habilidade ela fica desolada, devastada, chora até não poder e sabe que de uma forma ou de outra seu destino está selado... resta saber se Cabel estará nele ou não... e isso com certeza vai ser a história do livro três, Gone, que eu irei ler amanhã e depois posto aqui... mas, o melhor é que agora Janie e Cabel podem namorar sossegado sem precisar se esconder de ninguém...

Beijos e até amanhã... agora vou lá com o maridão assistir ao jogo do corinthians... rsrs...

sábado, 7 de maio de 2011

Wake - Lisa McMann

Olá. Tudo bem? Mês passado eu tive um momento de orgia literária, patrocinada pelo meu queridíssimo marido, e acabei comprando 16 livros... isso mesmo, 16... pena que destes 16 só me restem poucos para ler, mas fazer o que, a vida é assim quando nos deliciamos com nossos vícios...
Bem, nesta orgia de compras adquiri a trilogia Wake, que muitos já haviam me recomendado ler.
O que me agradou mais nos livros foram as capas, a textura com que foram feitas... são lindas, e isso me animou a le-los. Coloquei na fila e esta semana decidi tirar três dias para ler a trilogia... Assim, vou postar aqui minhas resenhas, começando hoje com Wake...



Wake é um livro bem legal de ler, leve, fácil e fluido... Li em pouco menos de uma hora, eu sei, foi rápido... mas além da história ser absorvente, imagine ser sempre sugado para dentro dos sonhos das pessoas? As letras são grandes e os paragráfos estão bem separados. Acho que originalmente o livro não ia ser uma trilogia, mas deve ter se expandido e sei lá, de um tornou-se 3...
Janie, a protagonista, começou a ser sugada para dentro dos sonhos das pessoas quando tinha 8 anos, em uma viagem de trem. Até hoje, com 17 ela ainda não entende porque ou o que deve fazer quando está lá, nesta realidade que não é a dela. Normalmente ele não sonha, nunca. Mas, as coisas mudam.
A vida dela é a típica de uma garota pobre, que vive nos suburbios. Mas com o agravante dela não conhecer seu pai, sua mãe ser alcoolotra e estar sempre bêbada, as duas viverem com o cheque do seguro social e o dinheiro que Janie consegue trabalhando em um lar de idosos. Que ela adora, porque a ajuda a fazer uma poupança para a faculdade e os idosos não sonham muito, ou pelo menos não por muito tempo.
A minha impressão de que a trilogia poderia ser um único livro vem disto, neste primeiro volume as coisas mais importantes que acontecem é Janie conhecer a Srta Stubin, uma idosa que morava no lar onde Janie trabalha e também entra nos sonhos das pessoas. Por ela Janie descobre que é uma apanhadora de sonhos.
Janie também fica mais próxima de Cabel, um rapaz que também vive nas mesmas condições de Janie e também tem feridas, diferente dela, físicas, causadas pela família. Eles se gostam e ele a ajuda.
E o fato do livro, ela aprende mais sobre entrar nos sonhos e usa esse dom para ajudar em uma operação policial.
Depois, fim do livro um... tem uma parte no final que seria o ponto de vista de Cabel sobre Janie, quando a conheceu e como começou a gostar dela, e tem umas páginas que são um pré view do segundo livro, Fade.
Só não vou ler o segundo hoje porque me condicionei a ler a série em três dias, mas hoje ainda me sobre tempo para um romance de banca... rsrs...
Se eu não ficar com preguiça posto aqui depois, senão até amanhã com Fade...

Beijos

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ela foi até o fim - Meg Cabot

Boa tarde, tudo bem? Hoje para aliviar um pouco a mente dos livros aterrorizantes que eu tenho lido... rsrs... resolvi ler um bem fácil e levinho, da super Meg Cabot. Ela foi até o fim...


A capa é uma gracinha, né? Eu peguei o livro em uma troca, mas estava com muita vontade de ler na época. Mas sabe quando depois aparece tanto livro legal para ler que você acaba deixando um de lado? Foi assim com este... Ele ficou na minha mesinha de cabeceira pedindo para ser lido e eu sempre deixando ele de lado, até hoje... E foi um ótimo dia para le-lo, porque eu queria ler algo leve e divertido, e esse livro da Meg é assim. Acho que dos livros dela que eu li este é o menos adolescente, não parece nada com diário de princesa.
Eu gostei do livro, é bem divertido, tem umas partes que dá para rir alto, como quando Jack joga o laptop dela na neve, porque acha que é muito pesado e está atrapalhando a fuga deles dos bandidos. Ela fica P da vida... engraçadissímo!!
A história é sobre uma roteirista de sucesso, Lou, que na verdade quer ser apenas escritora de romances, que é trocada por seu namorado de dez anos - isso mesmo, 10! - pela estrela do filme que ela escreveu para dar um empurrãozinho na carreira de ator dele. O cômico é que a dita estrela é ex  namorada do Jack, nosso mocinho. E Lou e Jack não se dão bem.
A nossa heroina não é daquelas frágeis que nem cristal, que por qualquer motivo se descabela e chora... ao contrário, é bem decidida e duro na queda, e o fato de ter quatro irmãos mais velhos pode ter ajudado ela a ser assim.
Lou e Jack, que não costumam se falar, quem dirá ficarem juntos na mesma sala sozinhos por algum tempo, entram em um helicóptero para irem para o local de gravação de um dos filmes escritos por Lou, no qual Jack é o personagem principal. Aí começa a aventura, eles sofrem um quase atentado, depois um acidente, depois mais perseguições e atentados. E no meio de tudo isso eles vão se conhecendo melhor, e cuidado aos puritanos, acabando juntos, em cenas picantes.
Lógico que nada são apenas flores, sempre tem um ex que percebe que não valorizou a heroina, uma ex barraqueira e família... Mas isso dá uma pitada toda especial ao romance.
É um livro estilo água com açucar, mas não é vendido em banca e tem o dobro de páginas. Vale a pena ler, principalmente se você gosta de romances doces e com final feliz.
Recomendo muito.

Beijos e até mais com outros livros...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Caderno Azul - James A. Levine

Boa noite. Hoje eu li O Caderno Azul. Não é uma história fácil de ler, principalmente por ser baseada em fatos reais e sabermos que existem tantas crianças como Batuk, também no Brasil, não apenas em outros países do mundo.



James Levine é um médico, em visita à India ele conheceu meninas que ganhavam a vida com prostituição, e assim, inspirado nesta triste realidade ele criou Batuk, uma personagem ficticia que poderia ser real.
Batuk foi vendida por seu pai, com 9 anos, a um cafetão de prostituição infantil em Bombaim. Ela, através de um caderno  azul e de folhas soltas, que se transformam em seu diário conta sobre seu dia a dia "assando bolos" com os "confeiteiros" que é como ela chama os clientes, homens que procuram sexo com crianças. Ela escreve sobre sua infância, sua família, fala sobre a época que teve tuberculose quando criança e como isso fez com que ela aprendesse a ler e escrever... Lápis, caneta e papel são seu porto seguro. Isso e o mundo que ela cria para si, para poder sair da triste realidade que é sua vida.
Imagine ter que assar bolo com no mínimo 10 homens diferentes em um dia, em troca de comida e um lugar para dormir? Isso é o que a personagem Batuk e muitas outras meninas e meninos, explorados sexualmente, na ficção e na vida real, fazem para sobreviver.
E para sobreviver, manter-se lúcida e não enlouquecer com essa triste e dolorida realidade, Batuk cria histórias fantásticas, sobre ser uma princesa e fábulas com um tigre de olhos prateados.
Emocionante, é assim que posso descrever a história de Batuk, o caderno azul. Espero que as pessoas que venham a ler este livro sintam-se tocados pela história, tanto quanto eu, pois sei que juntos, lutando contra esta injustiça que existe no mundo, poderemos fazer a diferença e dar às crianças o que lhes é de direito - alegria, amor, educação e diversão.
O livro é escrito de forma leve e trata do assunto tão dolorido de forma suave e até divertida, pelas mãos e histórias de Batuk. Leiam, pensem a respeito e vamos juntos agir para termos um mundo melhor para nossas crianças.

Beijos e até depois...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Desafio literário Maio - De Costas Para o Mundo - Asne Seierstad

Bom dia, tudo bem? Bem, começou o mês de maio e este mês no Desafio Literário é o mês de livros reportagem. Gosto muito de livros que refletem a verdade no mundo, mas procurando na minha estante verifiquei que eu já li muitos que se encaixam nesse gênero, e a idéia é ler um livro novo... então, como sei que normalmente livros reportagem são cansativos, decidi ler apenas 4 deste gênero neste mês, ao contrário do mês passado, já que ficção científica a gente lê como beber água, fácil, fácil... risos... Mas, só por via das dúvidas eu coloquei dois de reserva... pois vai que... rsrs...
Para começar o mês e o DL escolhi um livro de uma autora que sempre achei fantástica, Asne Seierstad. E o livro escolhido foi De Costas Para o Mundo, retratos da Sérvia.



Acho que o subtítulo do livro ficou sendo Retratos da Sérvia porque cada capítulo retrata a vida de um morador, de diferentes níveis sócio econômicos, mas todos sérvios - artista, jornalista, refugiado, jovens da oposição, religioso, etc... - e cada capítulo narra a história de uma dessas pessoas... São treze capítulo e treze retratos.
A forma como foi escrito o livro é bem interessante, para vermos pontos de vista diferentes de pessoas que  foram marcadas por uma grande guerra, provavelmente a maior guerra dentro da Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Esse conflito foi conhecido como a guerra da Bósnia, que terminou com a dissolução e divisão da antiga Iugoslávia. Nas narrativas pude perceber como o ódio é um sentimento perene, que toma conta das pessoas por motivos pequenos. Vizinhos pacíficos que se entendiam de uma hora para a outra começam a se odiar, começando uma briga que se transforma  em guerra.
O assunto abordado é algo, infelizmente comum, nos nossos noticiários. Podemos trocar os nomes de Iugoslavia, Sérvia, para Palestina, Oriente Médio, Grécia, Libia... e sempre veremos que ódios e guerras afetam muito a vida das pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas, além da perda da vida, que acontece muito.
A violência é algo que virou rotina, ruim para nós, que acabamos nos acostumamos a ver e ouvir e falar sobre e pior ainda para os que são os retratos de uma violência desenfreada, fruto da ambição, da luta pelo poder.
Por estes dias mesmo, com a morte do Bin Laden, mesmo ele sendo um terrorista e responsável pela morte de muitas pessoas eu pessoalmente acho desumano comemorarmos a morte de um ser humano... mas a mídia e os filmes e programas de tv atuais fazem uma referência tremenda à violência, beirando a um tipo de culto... e como todos os extremos, este não deixa de ser ruim... Mas, voltando ao livro...
O livro é meio dificil de se ler, diferente do outro best seller dela, O Livreiro de Cabul, mas vale a pena para conhecermos e sentirmos o que uma guerra faz de verdade com o ser humano, e quem sabe se aprendermos, mesmo assim, por meio de um livro, a dor da perda que a guerra traz, não conseguiremos plantar mais amor ao invés de ódio, e ensinar aos pequenos, que ainda estão aprendendo a andar, a andar sempre longe de brigas e guerras. Que as armas do futuro sejam livros, as munições beijos e abraços, e o exércitos sejamos nós...

Leiam, reflitam... passem a mensagem para a frente...

beijos, até mais com mais livros... Paz...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sereia - Tricia Rayburn

Boa tarde... eu ganhei este livro estes dias atrás, e li as abas e atrás e achei bem legal, então resolvi ler, mas tinha alguns livros na frente, que eu já tinha combinado troca, então li eles na frente. Mas, hoje eu consegui pegar este para ler... e foi super rápido... legal...





Como o título do llivro diz, a história é sobre uma sereia, ou melhor, muitas sereias... Acostumada como eu estava com seres sobrenaturais eu não me surpreendi muito ao saber que a história seria sobre sereias, porque como eu já disse a vocês eu sou muito receptiva a outros mundos, seres e fantasias... risos... lógico que acredito em Sereias... mas, na minha cabeça são todas boazinhas... :-) Mas, nem sempre é verdade o que acreditamos, certo?
Vanessa, nossa menina da história, tem 17 anos quando sua irmã mais velha sai para mergulhar de um penhasco e morre em um trágico acidente. Ela não acha que tenha sido um simples acidente, ainda mais depois que vai até o quarto da irmã e descobre que não a conhecia tão bem quanto pensava. Assim, resolve voltar à casa de veraneio da família, onde tudo aconteceu, em busca de Caleb, namorado de sua irmã Justine. Mas ele está desaparecido. Vanessa então encontra em Simon, irmão de Caleb, ajuda para procurar o garoto e tentar descobrir o que está acontecendo. Mesmo porque mais pessoas estão morrendo...
É um livro bem legal, não é único, tem um gancho no final para a continuação. A Vanessa é muito medrosa, tem medo até de ficar com Simon no final, devido a um segredo que ela não conta para ele neste primeiro livro. Chato, porque acho que ela deveria ter contado... mas, quem sabe no próximo livro? O ritmo do livro, mesmo com muitas mortes, perseguições, sonhos estranhos, visões e sereias, é bem lento, mas dá vontade de continuar a ler, não é como alguns livros lentos que a gente não vê a hora de terminar.
Recomendo, achei bem legal.
Beijos e até mais, com outros livros...